quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Não se pode mentir para si mesmo.

A quem pense que a mentira não tem tanto “mau resultado” como parece. Ela pode até iludir temporariamente, mas amanhã, com certeza, terá suas consequências.

Quantas mulheres estão ansiosas por encontrar o homem da sua vida… Ele enfim aparece, e ela se entrega por inteiro, deixando que essa entrega vá muito mais além do seus princípios morais lhe alertam. Para não o perder, para ser a melhor opção para ele, ela não tem capacidade de dizer “não” aos seus impulsos, e cai na armadilha de seus sentimentos.
Em nossa sociedade, não é anormal ter relações sexuais antes do casamento, mas em algumas culturas e meios sociais, ainda é atípico ficar grávida e não estar casada.
Engraçado, não é? Como a própria sociedade cai no rol da mentira. Querem enganar a quem? Querem ter a liberdade de ter relações sexuais, mas não aceitam o risco de uma gravidez. Já que a sociedade apóia tanto as relações íntimas, por que não esperam o fruto disso?
Muitos vão “levando a vida” lado a lado com a mentira, mas dizem que odeiam falar a mentira, e acabam praticando a mentira.
É como a menina solteira que se apaixona, se entrega e logo em seguida está grávida. Agora vem a dor por sentir que perdeu a sua liberdade, vem a dor da rejeição e até mesmo é abandonada. O tal namorado que a seduziu, agora a deixou. Sente-se traída e usada! Mas, eu pergunto: Ele assumiu algum compromisso com ela? Ela esperou o momento certo para que ele provasse que a amava, fazendo uma proposta de casamento? Não foi isso que ela semeou na relação entre ambos, se entregando antes do tempo?
A verdade é que ela espera receber o amor de alguém, que se comprometa, mas ela age sem compromisso.
Outro caso:
Muitos vivem de festas, baladas, bailes funk e etc… Há uma alegria, diversão, e toda sorte de liberdade nesses ambientes. Por lá, tudo pode! Não há nada que seja proibido. O prazer anda solto! A bebida, o vício, a dança, as amizades e etc…
Mas quando chegam em casa, caem em tristeza, no vazio e na inquietação. Na semana seguinte, voltam a mesma prática, às mesmas coisas. E vivem mostrando por aí que a vida é para se curtir! E realmente até curtem uma alegria temporária, mas que nunca permanece!
Vivem de ilusão. Mostram aos demais que isso é que é desfrutar a vida! Agem na emoção, aos poucos sendo destruídos internamente, sem que ninguém veja o quão infelizes em realidade são.
E seus familiares vivem constantemente em pânico, devido aos vícios que este adquiriu, desde que embarcou nesta aventura do livre acesso, da vida solta. E o mau comportamento? Sem comentários. Não têm a mínima responsabilidade! Não têm nada estruturado. E aos poucos, vão ferindo a quem mais os ama.
Vivem uma mentira! Vivem se iludindo! Se enganam e são enganados também!
Não seja um deles!
Se você está vivenciando uma mentira ou uma ilusão, não quero que se sinta mal, quero que reflita, porque você é a única pessoa que pode parar este sofrimento, quando você muda de direção, indo para o caminho que lhe vai trazer a verdadeira paz que tanto almeja. E por isso, eu digo:
Não fale apenas a verdade, mas seja verdadeiro. Seja realista com tudo, pois quem está disposto a isso, não vive de ilusão, nem se baseia nas emoções. Controle seus impulsos.
E não se preocupe pelo que já passou, mas aprenda dos seus erros, e não cometa-os novamente, para o seu próprio bem!

Há quem diga que errar é “humano”: Mas mentir é errar conscientemente.
 
Ivandro Morim
@ivandromorim

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Quem aguenta o mal humorado?

Fui inspirado a escrever esse texto depois de conhecer essa manha 04,10,011 um senhor de 73 anos de idade em um consultorio médico.
Despercebidamente olhei para ele, e ele olhando serio em meus olhos disse: Eu me pareço com alguem de sua familia, seu pai, irmao, tio?
Foi ai que conheci esse personagem do meu texto.


Algumas vezes não acordamos muito bem, não digo fisicamente, digo espiritualmente. Fisicamente está tudo bem, mas você não está feliz.
Quando estou assim eu digo que estou tendo um dia de fúria. Essa semana eu tive meu dia fúria. Tudo me irritava, minha vontade era gritar com todos a minha volta. Passei o dia me controlando para não ser grosso e mal educado, demais, com ninguém. Ainda bem que dias assim passam.
Fico pensando como seria acordar todo dia assim. Será que as pessoas passariam a ter medo de falar comigo, visto que eu poderia explodir a qualquer momento. Bom, se eu vivesse com uma pessoa assim eu teria medo de falar com ela pois no final ela acabaria sempre sendo estúpida comigo.
Como uma pessoa sempre que vive sempre mal-humorada consegue continuar vivendo. Eu tive um dia assim e no final do dia já não me aguentava mais. Algumas vezes vejo pessoas na rua, no banco, no super-mercado reclamando de tudo e me pergunto como é possível. Pessoas que reclamam por que está sol e se começar a chover vai reclamar que está chovendo e se estiver nublado vai reclamar por que não está nem fazendo sol nem chovendo. Se esta a pé, quer andar de carro, e se de carro acha que prcisa andar de bicicleta. Se  esta comendo pouco quer comer mais, e se come demais quer fazer regime.
Na verdade sempre um motivo para estar mal humorado, irritado.
Se você conhece uma  pessoa assim, sempre mal-humorada, sempre irritada, sempre de mal-com-a-vida, sabe do que estou falando.
Você sabia que o mau humor pode ser doença --e grave! Um transtorno mental que se manifesta por meio de uma rabugice que parece eterna. Lembra muito o estado de espírito do Hardy Har Har, a hiena do desenho animado famosa por viver resmungando "Oh dia, oh céu, oh vida, oh azar".

Distimia é o nome dessa doença. Reconhecida pela medicina nos anos 80, é uma forma crônica de depressão, com sintomas mais leves. "Enquanto a pessoa com depressão grave fica paralisada creio que já deve ter lido outros textos meu, quem tem distimia continua tocando a vida, mas está sempre reclamando).

O distímico só enxerga o lado negativo do mundo e não sente prazer em nada. A diferença entre ele e o resto dos mal-humorados é que os últimos reclamam de um problema, mas param diante da resolução. O distímico reclama até se ganha na loteria. "Não fica feliz, porque começa a pensar em coisas negativas, como ser alvo de assalto ou de seqüestro".

Se você conhece alguém assim, abra os olhos da pessoa, porque raramente o distímico pede ajuda. Ele não se enxerga. "Para a maioria dos pacientes, o mau humor constante é um traço de sua personalidade. A desculpa pela rabugice recai sempre no ambiente ao seu redor, o que inclui o tempo, o chefe ou a sogra, por exemplo"
Um certo individuo com 40 anos, extremamente chato e mal humorado, pensava que era algo que ele trazia de sua infância que fazia parte da minha educação. E ele sempre arrumava algum pretesto para reclamar da mulher, filhos, vizinhos etc. A torneira da cozinha quebrava, e ele via aquilo como se fosse o fim do mundo. Ele vivia em tensão.

Esse transtorno mental atinge, pelo menos, 180 milhões de pessoas no mundo, que, quando não tratadas, tendem a se isolar. "Levantar da cama se transforma em um martírio. No chuveiro, é um bom lugar pra se angustiar.  Ser mal humorado é viver  pensando em quanto tempo tem que dirigir pra chegar em algum lugar, e o papinho furado que vai ter que desenvolver com os amigos de trabalho.
O individuo mal humorado na verdade não consegue encontrar nada além de nada para se sentir bem com alguém ou rir de alguma piadinha.
Não devemos subestimar os mal humorados, pois o portador corre um risco 30% maior de desenvolver quadros depressivos graves. "Sem contar que também pode levar as pessoas ao consumo de álcool ou outras drogas, pois elas se iludem achando que assim acabam com a irritação e com seu mal humor".

O mau humor é herdado e, em geral, manifesta-se na adolescência, desencadeado por um acontecimento marcante. Porém, como essa fase da vida já é, de modo geral, conturbada, há dificuldade de identificar a doença.

Aliás, quem tem distimia costuma procurar ajuda só quando ela já evoluiu para um quadro depressivo grave e isso se ela realmente procurar ajuda. "O desconhecimento prevalece nos primeiros anos. Essas pessoas aprendem a funcionar irritadas. Acham que, por ser um traço de personalidade, o problema é imutável.

Foi o caso de Maria Lucia (nome fictício), que trabalha em um certo lugar que pelo fato de tanto ouvir que ela era muito chata e mau homorada foi procurar ajuda.   "Eu pensava que era depressão, não sabia da existência do transtorno. Sempre desconfiei do meu comportamento. Era conhecida por dar shows de mau humor, falar alto, ofender as pessoas; meu marido tinha até medo de mim", diz ela.

O mau humor patológico não precisa ser eterno. "Poucos sabem que a distimia pode ser tratada com a ajuda de  um par de ouvidos e uma paciência gigantesca. "O objetivo é ensinar uma nova forma de pensamento mudanças de atitudes e ouvir mais e se calar mais ainda, mais não deixar de falar é claro. Se ele não suporta sair de casa, sintoma comum na distimia, forçamos os passeios. A idéia é que ele aprenda a sentir prazer novamente nas coisas mais sem importancia",

Na verdade eu não posso deixar de dizer que a única pessoa que perde com isso é você mesma.
Vai chegar uma hora que ninguém vai suportar esta do seu lado, ou conviver com você. Todos irão escolher lugares onde você não esteja, e se caso estiver eles com certeza não irão de forma nenhuma compartilhar o mesmo espaço e muito menos uma boa conversa.
Afinal de contas ninguém suporta o mal humor de ninguém. Nem os chefes conseguem isso, imagine você então.
Mude isso, pois só depende de você mesmo.
Ivandro Morim