quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Preciso confiar em mim!!!

"... estamos sempre aprendendo a não confiar em nós. E por que não confiamos? Por que não nos conhecemos! Ninguém confia em quem não conhece"

Você já reparou que só paramos mesmo para pensar, refletir nossos valores e crenças, e a forma como estamos conduzindo nossa vida, quando acontece algo que nos cause impacto? Ou seja, diante de um acidente, doença, conosco e/ou com quem amamos ou quando há o falecimento de uma pessoa próxima é que paramos, pensamos e geralmente nos perguntamos: por quê?

Do contrário, todos tendemos a nos deixar levar pela correria e com ela, vivemos no automático, ficamos no superficial. E para nos conhecer é necessário, além de vontade, disposição, um tempo que nos permita relaxar nossa mente para que possamos nos ouvir. E para isso é preciso sim ir mais na profundidade de nosso ser. Talvez encontraríamos mais respostas se nos perguntássemos: para quê? Ou ainda: o que posso ou tenho que aprender com tal fato? Sim, são necessárias muitas perguntas e o desejo sincero de ouvir as respostas. E para desespero de alguns, as respostas não estão fora, mas dentro de cada um de nós.

Mas por que o medo de se conhecer?

Por que algumas pessoas têm verdadeiro pavor quando falamos de autoconhecimento?

Afinal, saber o que quero para minha vida, e principalmente, saber o que sinto diante das situações, não é algo que aprendemos desde os primeiros anos de nossa vida, não é ensinado na escola ou na família. Não somos incentivados a buscar as respostas dentro de nós, pelo contrário, aprendemos a reprimir o que sentimos, o que queremos e a supervalorizar tudo que vem de fora. A começar pela mídia, que nos instiga a consumir, seja o que for, e com isso tendemos a buscar tudo que precisamos no externo. Aprendemos a consumir com a falsa ilusão que isso nos fará sentir melhor; aprendemos a acreditar que o outro sim nos fará feliz, e assim vamos dependendo cada vez mais da opinião do outro, de seu reconhecimento e aprovação, de seu eterno amor, enfim, estamos sempre esperando ser salvos por algo ou alguém.

Perceba, tudo de fora, sempre dependendo de outra coisa, de outra pessoa. Aprendemos ainda, desde cedo, a competir cada vez mais para sermos o melhor, passando muitas vezes por cima de quem for, e até de nós mesmos, e sequer percebemos. Enfim, aprendemos sim a nos boicotarmos, nos punirmos, culparmos, criticarmos e sofremos. Sofremos muito! Ou seja, estamos sempre aprendendo a não confiar em nós. E por que não confiamos? Por que não nos conhecemos! Ninguém confia em quem não conhece.
 
Dificilmente somos estimulados a acreditar em nós mesmos, em perceber que temos uma essência maravilhosa, que merecemos ser ouvidos! A começar por nós mesmos. E se não acreditamos em nós, como podemos nos ouvir, e assim nos conhecer?

Penso que autoconhecimento está diretamente relacionado, entre outros fatores, com a gratidão. Você tem o hábito de agradecer por sua vida, saúde (a qual também só valorizamos quando adoecemos e/ou estamos com um ente querido doente), você agradece por tudo que tem no momento presente? Você pode estar pensando: “como agradecer diante do que estou passando? É tanto sofrimento, dor”. Sim, entendo, mas em toda situação podemos buscar o que precisamos aprender. E isso exige reflexão, um mergulho no silêncio de nossa alma.

Quando estamos diante de algum sofrimento, nosso padrão de vibração mental é rebaixado, e com isso, mais pensamentos negativos se instalam, o que não nos ajuda a melhorar em nada, mas apenas piorar. Não estou sugerindo que você sorria, fique alegre, diante de uma situação difícil, mas que pare para pensar sem deixar que o desespero tome conta, não deixando que você raciocine. Seja o que for que esteja passando nesse momento, se ouça, mas não faça que não está sentindo nada. E se for o caso, procure ajuda.

Comece todo dia pela manhã a agradecer por tudo que já tem, tudo mesmo, seus familiares, amigos, um lugar para morar, seu trabalho, sim tudo isso é externo, para que você adquira o hábito do agradecimento pelo mais fácil; depois vá agradecendo por sua saúde, sua capacidade de superar tudo que já enfrentou, lembre de cada conquista que já teve, e até dos erros, mas que lhe fizeram aprender, liste cada uma de suas qualidades, e por fim, agradeça por ser a pessoa que você é agora, mas com a consciência que irá aprender ainda muito mais, pois a vida é um processo de evolução constante! E para que você evolua cada vez mais é imprescindível o autoconhecimento, sem medos, mas com a certeza que ao olhar para dentro de você encontrará uma pessoa que poderá amar!
OPA!  Não posso deixar de te dizer.... As coisas darão certo sim.
Ivandro Morim

Mudanças de atitudes sempre valem a pena.

 


               Mudanças de  atitudes sempre valem a pena.




Embora as pessoas reclamem com imensa frequência daquilo que não possuem, existe outra questão que merece toda a nossa atenção: aquilo que possuímos em excesso.

Aliás, os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os excessos só quando despertam a nossa consciência.
Comemos em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado, não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas), nos importamos em excesso com a opinião dos outros... Há um excesso de preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.
Em geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida mais franco, sincero e liberto.

Tudo o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado. Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram), compromissos demais, pressa demais.

Todos nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo (sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de costume.

Viver melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.

Quem está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com muito menos!

Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila...

Liberte-se dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços (consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo. Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.

Nada é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor. Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos... e na falta deles, não se reconhecem.

Nunca sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos sempre bem.

Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio... 

Ivandro Morim